Os projetos dos Institutos Politécnicos de Setúbal, Cávado/ Ave e de Bragança foram os vencedores do Concurso Poliempreende, cuja 14ª edição se realizou na cidade transmontana entre os dias 12 a 15 de setembro. O primeiro prémio foi para o projeto ‘Ilegal’ do IP de Setúbal; o segundo para ‘Célia Celíaca’ do Instituto IP Cávado e Ave; e o terceiro foi para ‘Zthreat’ do IP de Bragança. Durante uma semana Bragança foi a capital portuguesa do empreendedorismo graças ao PIN-Polientrepreneurship Innovation Network, uma plataforma que tem por objetivo criar uma cultura empreendedora entre os estudantes do ensino superior. Este ano levou a concurso 19 projetos inovadores de diversas áreas de atividade, desenvolvidos por jovens. A iniciativa contou com um total de 38 promotores de todos os institutos politécnicos do país. No ano passado o Poliempreende submeteu uma candidatura ao Programa Compete, no valor de um milhão de euros, para permitir dinamizar mais as próximas edições. “Este ano desenvolveu-se uma plataforma eletrónica que suporta e automatiza todo o processo do projeto, bem como um conjunto de iniciativas melhoradas, como verbas para consultadoria e formação”, explicou José Adriano, coordenador nacional da 14ª edição do PIN e diretor da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Bragança, que este ano foi a anfitriã.
Iniciativa mobilizou 191 projetos
O Poliempreende mobilizou 480 alunos que desenvolveram 191 projetos nos vários politécnicos nacionais, bem como diversas ações de formação para alunos e docentes. “Cada politécnico selecionou o seu projeto para representar o concurso nacional, que decorreu em Bragança”, acrescentou José Adriano. Houve prémios monetários de vários valores. O primeiro prémio foi de 10 mil euros. Há ainda outros prémios, como o Inovação oferecido pela Delta, que pela primeira vez suportou um prémio internacional, atribuído ao projeto Marias&me- do Instituto Politécnico de Coimbra e à Agência de Empreendedorismo da Universidade de Leon.
O Prémio ANI-Spectrum Audio Labs foi para o Instituto Politécnico de Lisboa. Houve ainda duas menções honrosas, uma para H203-Escola Náutica e outra para Embalagens da Universidade de Aveiro. Com um horizonte de execução de um ano e um investimento de um milhão de euros, o PIN quer envolver 1500 estudantes e gerar 45 empresas nos domínios do conhecimento, tecnologia e indústrias criativas.
Poliempreende já envolveu mais de 100 mil alunos
O PIN surgiu na sequência do Poliempreende que ao longo de mais de uma década já envolveu mais de 100 mil estudantes, com 83 empresas criadas e 62 patentes registadas. Nos 14 anos de existência já foram abrangidos 112 mil alunos, 3500 dos quais participaram no Poliempreende e já foram desenvolvidos cerca de 11500 projetos, criadas 70 empresas e registadas 80 patentes. “A taxa de sobrevivência das empresas é elevada, mais de 60 estão no ativo”, referiu José Adriano.
Publicado em: “Mensageiro de Bragança”