Para além de receber 100 docentes e colaboradores de 19 países, a semana incluiu ainda uma Feira Internacional e a corrida “IPB for All”
Entre 15 e 18 de Maio aconteceu a XIV Semana Erasmus do Instituto Politécnico de Bragança, a instituição de ensino superior que mais alunos estrangeiros recebe em todo o país, tendo esta ano atingido o número recorde de 2000 estudantes estrangeiros. A iniciativa pretende promover a afirmação da comunidade internacional do IPB e mostrar a multiculturalidade da instituição.
Cerca de uma centena de docentes e funcionários de diversas instituições de 19 nacionalidades da Europa mas também de países como o Brasil e a Argélia participaram numa série de actividades com o objectivo de reforçar a cooperação internacional. “Quisemos receber melhor os professores e colaboradores de instituições parceiras, de forma a que pudéssemos fazer uma agenda e programa que fossem vocacionados para todos os aspectos da cooperação internacional e para tirar partido dessa mobilidade, de forma a que fosse mais efectiva”, destacou o vice-presidente do IPB com o pelouro da internacionalização, Luís Pais.
Os estudantes internacionais que estudam no IPB participaram também nesta semana com uma mostra gastronómica e cultural na Escola Superior de Educação, na feira internacional dos estudantes. Alejandro Garcia está há 8 meses no IPB a fazer mestrado em gestão empresarial e mostrou a gastronomia com o “pico de gallo, feito de tomate, cebola e salsa, e uma receita de milho com pimenta, sal e limão”, bem como a cultura do país natal, com “uma apresentação da cultura mexicana, há uma ‘Catrina’, que é uma representação do dias dos mortos, uma celebração muito importante no México”, explicou.
Emad Sweed é da Palestina e da Síria e decidiu participar na Feira Internacional para falar “de dois dos países mais antigos no mundo, Damasco é a capital mais antiga, com mais de 10 mil anos, são cheios de cultura, arquitectura e comida deliciosa”. Está há mais de 3 anos em Bragança a estudar engenharia mecânica. Tema inevitável é a situação de conflito que se vive nos dois países. “As pessoas perguntam-me todos os dias acerca da situação lá, ainda agora Trump mudou a embaixada de Israel para Jerusalém, mas durante milhares de anos foi a capital da Palestina”, referiu o estudante.
Gérsica Matsinhe, de Moçambique, está há 9 meses no IPB para estudar engenharia informática e diz que a “a experiência está a ser boa”. “No início houve aquele choque de diferença de temperatura, mas habituei-me e gosto da cidade e do povo de Bragança, é acolhedor”, afirmou a estudante que, com colegas moçambicanos, expôs fotografias representativas “da cultura, gastronomia e heróis nacionais” e cozinhou bolos típicos daquele país africano.
Santos Pires veio de Timor há quatro anos para estuar engenharia Biomédica e esta já não é a primeira participação na feira. “Trouxemos coisas tradicionais timorenses, como a casa típica, o TAIS, o tecido tradicional e comida como a mandioca, batata-doce e outros pratos locais, as pessoas provam e gostam. Vamos também apresentar uma dança tradicional ”, afirmou.
Durante a semana passada, nas cantinas do IPB aconteceu ainda a semana gastronómica internacional, sendo apresentados pratos de vários países no menu. Já dia 18 decorreu a Corrida “IPB for All”.
Publicado por: “Jornal Nordeste”